07 maio 2013

Hoje ela acorda sentindo um vento frio batendo abaixo do queixo mas não vê o porque deve levantar. Ela olha pela janela a fora as nuvens cinzentas massacrando qualquer vontade que possa ter de querer levantar da cama. O vento frio parece percorrer seu corpo esfriando muitos sentimentos, muitas lembranças e muitos sorrisos. Mas sem que perceba o horário corre longe. Hora que já passa a que devia ter tomado rumo, só que diferentemente de todos os dias ela não quer estampar um sorrisos que fosse capaz de fazer outros corpos
sentirem sua presença.
  gelado se animo diz que por um dia difícil vai se arrastar aturando tantas pessoas que fazem parte perguntando falsamente como está e antes mesmo de uma resposta já voltou a seus afazeres.
  Ela se sente triste e fria... parece deixada a curtir do tempo mas ao mesmo tempo....

15 março 2013

...Sanidade...

Sentia seu sangue circular a cada batida de seu coração que aparentava querer sair pela boca. 
O medo fazia com que sentisse tremer das pontas dos dedos até o encaixar dos ombros.
Uma das mãos tapava a boca no intuito de sufocar sua respiração ofegante que nesse momento denunciaria onde havia se ocultado na tentativa de surpreender seu alvo para que não tivesse tempo de reação, em sua outra mão carregava aquele objeto de um metal frio e áspero como se fosse usado por muitos anos, tão resistente e pesado que seria capaz de partir ossos sem muito esforço, mas sua agonia fazia carregar como que leva uma caneta em mãos.
Foram poucos segundos os que levou para calcular a oportunidade perfeita, imaginar o que iria ver logo depois, quais seus próximos passos, o que lhe esperava após sair, o que iria sentir. Mas antes de prolongar mais seus pensamentos um rugido corta o raciocínio, em seguida passos pesados como quem ferisse o chão a cada pisada.
E em menos de um segundo depois o estrondo como se ao arreganhar a porta tirasse de sua frente também pedaços das paredes do comodo, junto do movimento da porta ele projeta seu gigantesco corpo bloqueando até mesmo a luz que tenta invadir por meio as frestas deixadas por suas vestes que se agitam com a pressão de todo movimento feito.
Seus olhos percorrem o comodo como os olhos de uma fera que perde sua presa em meio a mata  espreitando qualquer sinal de movimento que indica a presença fazendo com que seja desferido um golpe letal estraçalhando tudo o que vier a estar no caminho. Sua respiração ofegante pesa tanto que consome todo o ambiente espalhando seu halito de cheiro alcoolizado pelos anos.
Antes de que se de conta uma presença surge em seu flanco empunhando uma ferramenta capaz de rasgar até seu corpo, numa tentativa inútil de defender-se, projeta todo seu peso em direção ao solo e protegendo sua face com os braços pesados numa falha tentativa mas antes de seu corpo tocar o solo um barulho ensurdecedor ecoa por todo o ambiente, vibrando até mesmo as vidraças velhas, em seguida não consegue sentir seus musculos reagirem e seu unico gesto é levantar os olhos na tentativa de avistar qualquer indicio do que acabara de lhe acontecer.